26 abril 2004

stress no hospital

Na passada semana vivi uma daquelas experiências que não se desejam a ninguém. Não, não fui raptado por extraterrestres ou coisa parecida, muito embora haja qualquer coisa de sobrenatural no que me aconteceu.

Presumo que muitos de vós, ou pelo menos alguns, em determinado momento da vossa existência enquanto seres vivos, já devem ter passado por aquilo que a que vou chamar MSSUHP (Momentos de Stress em Salas de Urgência de Hospital Público).

Seja lá porque motivo for, acredito que se trata de um daqueles sítios que ninguém no seu perfeito juízo goste de frequentar. Se vamos ao Serviço de Urgências de um hospital é porque algo não está bem. Se bem que, é bem verdade, também existem os hipocondríacos. Há malucos com gostos para tudo, mas adiante.

Na 5.ª feira, tinha eu acabado de chegar ao meu local de trabalho, quando me telefona a minha Mãe a dizer que o meu Pai não se estava a sentir bem. Queixava-se de fortes dores na zona abdominal. Nem hesitei. “Mãe, vou já para aí e levo o Pai ao hospital.”

Deixei o meu Pai na admissão de doentes do Hospital de Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira) e fui estacionar o carro. Para meu espanto, quando regresso ao Hospital cinco minutos depois, já o meu Pai tinha passado pela sala de triagem e tinha sido encaminhado para uma das salas para ser observado por um médico.

Eu que tenho uma crónica desconfiança e insegurança no que diz respeito à qualidade daquele serviço, motivado por más experiências anteriores, fui surpreendido com a rapidez com que as coisas se estavam a processar.

Passado um bocado, sai o meu Pai da sala, com a indicação do médico para se dirigir ao piso de baixo, onde iria ser submetido a um RX e a umas análises. Nisto ele entrega-me um autocolante com os dados dele, o qual também continha um traço de cor amarela e um carimbo com a letra A. Tratava-se da minha identificação como sendo seu acompanhante, fazendo a cor amarela parte dos novos esquemas de funcionamento dos serviços de urgência. A cada cor corresponde um nível de urgência.

Até aqui tudo bem. Feita a colheita de sangue para as análises e o RX, dirigimo-nos para a sala de espera das urgências onde ficamos a aguardar que chamassem o meu Pai, algo que sucedeu cerca de duas horas depois. O período de espera foi normal, segundo dizem, uma vez que se trata do tempo necessário para que os resultados das análises ficassem prontos.

A partir daqui é que a porca começa a torcer o rabo. Perto da uma da tarde, o meu Pai é chamado à sala 4. Passada uma hora, não tendo ele ainda saído nem tendo eu sido chamado, comecei a stressar. Ainda para mais, tinha a minha Mãe a telefonar-me constantemente para saber o que se estava a passar, e eu sem novidades para lhe dar.

Dirigi-me ao segurança (sim, junto à porta de acesso para o interior do serviço de urgências estavam dois seguranças de uma empresa privada) e perguntei-lhe porque é que nem o meu Pai saía nem eu era chamado. Porque é que ninguém me informava do que se estava a passar?

A resposta do homem teve tanto de rápida como de vaga. “Provavelmente está à espera de qualquer coisa. Tenha calma e aguarde mais um bocado.” À espera de qualquer coisa?! Importam-se de me definir o que é “qualquer coisa”?! Claro que aquilo que eu mais estava era calmo, ou então não!
Nesta altura já só me passavam coisinhas más pela cabeça. “O que se estará a passar? Porque é que ninguém me diz nada? Será que ele se sentiu mal e foi levado para reanimação ou merda parecida?”.

Depois de mais um telefonema da minha Mãe, que já estava em nítido estado de ansiedade, e uma vez que já eram quase 3 da tarde, não aguentei mais. Deu-me o clique e perdi a paciência.

Fui novamente falar com os seguranças os quais me aconselharam a dirigir-me ao balcão das informações para tentar saber qualquer coisa. Nesse balcão, uma mocinha com um ar muito atarefado, perguntou-me qual era a minha questão.
Depois de lhe ter explicado a situação e ter-lhe perguntado que apenas queria saber o que se estava a passar com o meu Pai, eis que a resposta que obtenho é “Não lhe sei dar essa informação.”

Passei-me. “Não sabe?! Então vá lá dentro de arranje quem saiba. Não estou na disposição de ouvir esse tipo de respostas.” Nesta altura o meu tom de voz já estava bastante alterado. Falava alto mas em momento algum ofendi ou insultei quem quer que fosse. Não que eles não o merecessem. Continuando.

“Se o senhor se acalmar e me disser o nome do seu Pai...”. “Minha senhora, calmo estou eu. Não me queira ver quando eu perder a calma!”.

Dou-lhe o nome, ela tecla qualquer coisa no computador e diz-me “Não consta cá ninguém com esse nome.”

“O quê?!?! Já não basta eu estar há duas horas à espera de notícias e agora diz-me que não consta? Já deram sumiço ao homem?!?!”

A imbecil tinha percebido mal o nome. Porra, apesar de eu estar atacado por uma crise de rinite, não estava assim tão fanhoso que não se percebesse as minhas palavras.

Arranquei o autocolante identificativo e entreguei-o à moça. Ela volta a teclar qualquer coisa e diz-me com um ar triunfante: “Ah, o seu Pai foi fazer análise.”

Resposta errada!. “Ouça, isso já eu sei porque eu estava com ele quando fizeram a colheita! Eu quero saber é onde ele está agora e ou a senhora me diz ou arranje alguém que me saiba dizer. Já agora, não me volte a dizer para ter calma!”

O ambiente já era mais do que tenso e pior ficou quando ela me diz “Se quer saber o que se passa vá lá dentro saber.”

Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir. Virei-lhe as costas e avancei para a entrada do serviço. Um dos seguranças barra-me a entrada dizendo-me que eu não estava autorizado a entrar.

Ai a merda. Então para que é que me entregam um autocolante de acompanhante? Não me informam nem me autorizam a entrar! “Se eu não posso entrar então vá lá dentro e veja lá se descobre o que se passa com o meu Pai.”

Sabem qual foi a resposta que ele me deu? De nariz empinado e com o ego cheio pela pose de pseudo agente da autoridade, o tipo vira-se e diz “O senhor está-me a faltar ao respeito.”

Noutra situação o mais certo era ter-me desmanchado a rir, mas naquele momento a resposta saiu-me rápida e eficaz: “Acha que estou? Não posso faltar a algo que não lhe tenho. Realmente vocês vestem essas fardas e ficam logo armados em mauzinhos!”

Valeu nesta altura a intervenção do outro segurança, que demonstrou ser uma pessoa de bom senso. “Eu compreendo a sua situação, mas a verdade é que a nós também não nos informam de nada. Aguarde só um segundo que eu vou ver o que consigo saber.”

Dito e feito. Poucos instantes após este episódio, sou chamado ao interior do serviço. A minha reacção na altura, ao passar pelo balcão de informações e pelos seguranças foi qualquer coisa do estilo “Já devia ter feito barulho há mais tempo!”.

Do outro lado da porta, uma enfermeira com ar de quem estava a fazer um frete, indica-me o local onde o meu Pai estava. Estava sentado numa cadeira, com um frasco de soro, e estava à espera de repetir as análises porque o médico assim o entendeu, embora não lhe tenha justificado porquê.

Uma vez que só ao final da tarde é que lhe iam fazer nova colheita, voltei a Alverca para ir buscar a minha Mãe. Pelo caminho telefonei a uma amiga minha, médica por sinal, tendo-lhe contado o que se estava a passar. Ela pediu-me o nome do meu Pai e disse que ia ligar para o hospital a tentar saber qualquer coisa.

Para meu espanto, meia hora depois, liga-me ela a dizer-me que tinha conseguido falar com o médico que tinha atendido o meu Pai, e que este lhe tinha dito que se tratava de uma infecção no aparelho digestivo, que ele estava estável e medicado e que iam repetir análises apenas para confirmar alguns valores.

Porque é que não me disseram isto a mim assim que ele foi atendido?! Serei assim tão burro que não entendesse essa explicação?! Ao acompanhante do doente nada se diz, mas à colega Doutora diz-se. Indecente, para não dizer algo mais desagradável.

Ao final da tarde voltei ao hospital e, felizmente, desta vez não foi preciso exaltar os ânimos. A funcionária das informações era outra, tendo-se comportado de maneira oposta à sua colega. Expliquei-lhe o que se tinha passado, perguntei-lhe se o meu Pai ainda estava no mesmo sítio ou se já tinha ido fazer análises, e em menos de 5 minutos tinha as respostas. Até o segurança (o simpático, uma vez que o seu colega Rambo já tinha saído), assim que me viu entrar, veio ter comigo para me dizer que tinha visto o meu Pai e que ele estava calmo e com boa cara.

Enfim, é triste dizê-lo, mas a realidade é que os nossos hospitais continuam a falhar naquilo que é o mais básico em situações deste género: falta de informação. Tudo o que sucedeu tinha sido evitado se, assim que o meu Pai foi chamado, me tivessem informado do que se estava a passar.

Só que o nosso sistema de saúde é mesmo assim. Leva-se as pessoas ao extremo para que estas expludam e reajam mal. Como conforto, ainda nos dizem pérolas do género “Se tem alguma reclamação a fazer dirija-se ao gabinete do utente!”. Ainda somos gozados. Não há pachorra.

O meu Pai está em casa e está bem. Isso é aquilo que realmente me importa.

e dei-a

16 abril 2004

ergonomia

Por vezes torna-se complicado arranjar assuntos sobre os quais escrever. Por vezes? Para dizer a verdade, é mais na maioria das vezes do que por vezes. Mas adiante que isto aqui não é o muro das lamentações.

Nunca foi minha intenção que todo e qualquer texto aqui publicado tivesse forçosamente que, no seu conteúdo, albergar conotações irónicas ou servisse para exteriorizar tentativas de pseudo-humorismo.

Claro que não escondo o gozo que sinto quando das minhas convulsões mentais resultam coisas que fazem rir quem as lê. Rir é bom remédio e faz bem à alma, penso eu de que.

De qualquer modo, o bdi é mais abrangente do que apenas humor e boa disposição. Vem isto a propósito do assunto de hoje.

Andava eu a vasculhar os meus arquivos informáticos quando deparei com o ficheiro contendo um trabalho de grupo que fiz em 2000, subordinado ao tema da Ergonomia, trabalho esse que serviu de suporte para a avaliação na disciplina de Comportamento Organizacional.

Nessa altura, e contra a vontade dos restantes elementos do grupo, a escolha do tema foi minha, tendo igualmente assumido por inteiro o ónus da pesquisa e elaboração do trabalho, uma vez que eles não faziam ideia nenhuma do que era aquilo!

Para quem não faz puto de ideia do que é a Ergonomia, tala como os meus colegas não sabiam, leiam isto até ao fim e pode ser que as vossas dúvidas se dissipem. Ou então não, e nesse caso sintam –se à vontade para me fustigarem violentamente com comentários destrutivos.

Pensem no texto de hoje como um humilde contributo da minha pessoa para o vosso enriquecimento cultural e intelectual. Caso assim o prefiram, também ver na dissertação de hoje única e simplesmente uma clara e evidente tentativa minha de demonstrar a minha vaidade e o meu narcisismo.

Optem por uma ou outra das alternativas em causa, o que não vão de modo algum conseguir é retirar brilho e classe a um trabalho topo de gama, que valeu uma bela nota e nos encheu de orgulho. Leiam e deliciem-se.

Introdução

A Ergonomia é entendida como o domínio científico e tecnológico interdisciplinar que se ocupa da optimização das condições de trabalho visando de forma integrada o conforto do trabalhador, a sua segurança e o aumento da produtividade.

É considerada uma ciência na medida em que estuda as características, o comportamento do homem e as suas relações com o equipamento e o ambiente em que se relaciona.

Entende-se como tecnologia aquando da aplicação desses conhecimentos científicos no sentido de tornar as tarefas mais fáceis, mais cómodas, mais seguras consequentemente mais eficientes.

O objectivo da Ergonomia para um posto de trabalho é o estudo integrado de uma situação de trabalho, tendo como finalidade melhorar as condições de trabalho a nível da segurança, da saúde e da competitividade nesse mesmo posto de trabalho.

O seu objectivo será por excelência, a aplicação dos princípios ergonómicos a fim de optimizar a compatibilidade entre o homem, a máquina e o ambiente físico de trabalho, através do equilíbrio entre as exigências das tarefas e das máquinas e as características anatómicas, fisiológicas, cognitivas e percepto-motoras e a capacidade de processamento da informação humana.

A melhoria da compatibilidade do trinómio Homem / Condições de Trabalho / Ambiente, obtida depois de uma intervenção Ergonómica resulta numa maior produtividade, quer directamente, graças ao aumento da produção por hora de trabalho, da diminuição dos custos resultantes dos tempos não produtivos, dos desperdícios de materiais e matérias primas, dos estragos nos equipamentos, quer ainda através do melhoramento do ambiente psicológico de trabalho, com importantes reflexos na diminuição do absentismo e no aumento da motivação para o trabalho. Não só estimula o bem estar físico e moral dos trabalhadores como também pode poupar dinheiro à empresa, reduzindo custos relativos às compensações aos trabalhadores por absentismo e doenças resultantes de más posturas, entre outros.

Vale a pena investir nesta área?

Tomemos como exemplo o sucedido há algum tempo atrás na fábrica da Auto Europa, em Palmela. Vários funcionários daquela Empresa contraíram lesões ao nível dos tendões e articulações devido a uma inadequada concepção dos postos de trabalho onde laboravam. A situação tornou-se conhecida da opinião pública pela renitência por parte da Administração da Empresa em assumir a sua quota parte de responsabilidade no caso, nomeadamente ao não querer dar razão aos funcionários envolvidos quando estes afirmavam tratar-se de uma doença profissional.

Até que ponto foi rentável o facto de, aquando da concepção e elaboração dos projectos referentes às instalações da Auto Europa, se ter negligenciado o factor da Ergonomia dos postos de trabalho? Será que os “tostões” que foram poupados nessa altura, e não nos podemos esquecer que estamos a falar de um projecto que envolveu um investimento na ordem de alguns milhões de contos, compensa toda a agitação que mais tarde se veio a verificar, nomeadamente as indemnizações aos trabalhadores lesados, toda uma publicidade negativa em torno de uma Empresa que se orgulha de cumprir todas as normas respeitantes à qualidade, etc.? Parece-nos evidente que não!!

Todo e qualquer acidente de trabalho apresenta os seus custos, sejam eles custos directos ou custos indirectos, e as Empresas sabem isso. O risco de ocorrência de um acidente pode ser minimizado desde que se conheçam as causas que poderão levar à ocorrência do mesmo. O conhecimento das causas permite, pelo menos em parte, o controle das mesmas. É este controlo que contribui, essencialmente, para a redução da sinistralidade com o que isso significa em termos económicos, pessoais e sociais.

Uma área onde a Ergonomia tem tido uma influência notória é, sem sombra de dúvida a indústria automóvel.

Hoje em dia todos os grandes fabricantes mundiais dispõe, nos seus gabinetes de desenvolvimento e projecto, de técnicos de Ergonomia.

Existe nesta indústria um conceito relativamente recente e que tem a ver com aquilo que é designado como “ângulos de conforto na condução”, os quais são, em traços gerais, os ângulos que as várias articulações do nosso corpo (tornozelos, joelhos, braços, pulsos, ombros, etc.) fazem com os comandos dos automóveis (pedais, volante, alavanca da caixa de velocidades, etc.).
Com base em estudos ergonómicos levados a efeito ao longo de vários anos, os fabricantes procuram optimizar a relação entre o posto de condução e o condutor. Por isso cada vez os bancos são mais envolventes, os diversos comandos estão mesmo ali ao alcance, etc.

E o que é que se consegue com isto tudo? Simples.

Ninguém duvida que um condutor que esteja ao volante de um veículo moderno e confortável, independentemente de se tratar de um ligeiro ou de um pesado, é forçosamente um condutor mais relaxado, mais concentrado na sua tarefa, mais seguro.

Facilmente se percebe a vantagem desta situação. Veja-se por exemplo nos transportes públicos, um motorista de um autocarro com um posto de condução ergonómico tem um maior rendimento que num qualquer outro autocarro onde isso não aconteça. E aumentando o rendimento, aumenta-se o lucro.

Uma experiência pessoal

Vejamos agora o caso de 2 elementos do grupo, ambos a trabalhar em Câmaras Municipais, uma em Lisboa (CML) a outra em Arruda dos Vinhos (CMAV).

Embora não desempenhem exactamente as mesmas funções, ambas possuem algo em comum: a maior parte do seu dia de trabalho é passado sentado a um secretária a trabalhar num computador.

No caso da CML houve o cuidado de criar uma boa envolvência entre o funcionário e o seu posto de trabalho. O espaço é amplo (open-space) a secretária tem as dimensões adequadas, a cadeira é confortável, o teclado e o rato do computador são ergonómicos, etc.

Com a CMAV a situação altera-se quase que drasticamente. O espaço é exíguo, o que implica a uma maior concentração de pessoas naquele espaço, criando uma desagradável sensação de enclausuramento. As secretárias e cadeiras são de modelo tradicional, o teclado e o rato são normais.

Vamos concentrar-mo-nos única e exclusivamente no espaço físico em que ambas trabalham e vamos avaliar o estado em que cada uma chega ao final de um dia de trabalho.

Enquanto que a funcionária da CMAV apresenta sinais evidentes de fadiga, queixando-se frequentemente de dores ao nível dos pulsos e costas, a funcionária da CML chega ao final do dia fresca como uma alface.

Torna-se evidente que os níveis de concentração e rendimento que uma e outra apresentam durante o desempenho da sua actividade terá de ser forçosamente diferente. O simples pressionar de uma tecla tem significados distintos: para uma é mais uma contribuição para um pulso aberto, para a outra é algo quase tão natural como respirar.

Pensamos que não pode servir de atenuante o facto de estarmos a falar de Câmaras de dimensões opostas, com todas as implicações que isso tem em termos de verbas. Aqui a questão fundamental é a estratégia que cada uma delas adoptou para uma situação semelhante. Ao passo que na CML existiu a preocupação de pensar no funcionário como parte integrante do espaço, na CMAV a lógica aponta para a necessidade de ser o funcionário a adaptar-se aquilo que já lá está

Embora as pessoas consigam adaptar-se a diferentes situações, pensamos que neste caso em particular, bem como em muitas outras situações deste género, aquilo que está em causa é a visão minimalista com que a entidade patronal aborda a questão da Ergonomia dos postos de trabalho. Às vezes até apetece perguntar se sabem o que isso é!

Conclusões

Apesar da nossa realidade ser muito diferente dos países mais desenvolvidos, numa coisa todos estamos de acordo: é necessário ultrapassar a ideia que, numa Empresa, o que menos conta ainda são as pessoas, apostando-se (erradamente) apenas no factor tecnológico como via de desenvolvimento e modernização.

Na entrada para um novo milénio, as nossas Empresas, salvo raras excepções, ainda estão bem longe de apostar forte na componente humana.

Se queremos estar no pelotão da frente dos estados membros da U.E. que estão a cumprir os critérios da convergência monetária, não podemos continuar a fazer figura de lanterna vermelha em muitos domínios, nos quais podemos incluir aquele sobre o qual se desenvolveu este trabalho.

Damn, i'm good!

e dei-a

13 abril 2004

new look

Treze de Abril de dois mil e quatro. Marquem esta data nas vossas agendas, organizer’s, PDA’s ou seja o que for que utilizem. Caso não utilizem nada disto, limitem-se a memorizar esta data histórica.

O blog(ue) mudou. Não mudou muito. Apenas um abrir e fechar de parêntesis com duas simples letrinhas lá dentro.

Tudo isto para satisfazer os críticos literários nacionais que resolveram dissertar que “blog” é uma palavra que não existe na nossa amada língua portuguesa. Pessoalmente, prefiro uma boa língua de vaca estufada com batatas.

Pelos vistos, já anda por aí quem queira destruir mais um dos (inúmeros) estrangeirismos utilizados no nosso dia a dia. Assim sendo, e sendo eu um acérrimo defensor da boa utilização da língua portuguesa, introduzi esta pequena alteração ao BdI. Pequena em tamanho, mas enorme em conteúdo... ou então não.

Mas afinal, pergunto eu na minha imensa ingenuidade, não estiveram sempre presentes os estrangeirismos na nossa língua? Aliás, cada vez mais eles são utilizados. Quer se queira quer não, há termos que se forem convertidos para o português, pura e simplesmente não resultam.

Escrever-se “stresse” em vez de “stress” é algo que não altera a habitual fonética dessa palavra. “Blogue” em vez de “blog” também não altera a fonética, mas trás outros inconvenientes.

Imaginem que estou no café, em amena cavaqueira com um grupo de amigos, quando resolvo dizer divulgar que tenho um blog(ue). Divulgo o endereço e, uma vez que dizer “blog” ou “blogue” soa exactamente igual, ou eu explico como é que se escreve ou então quem no seu browser escrever o endereço habilita-se a não encontrar a página em questão. E acham que dizer-se “blogueosfera” soa bem?

Browser. A Internet é fértil em estrangeirismos. Todos concordamos que “Internet” soa bem melhor do que “rede interna” ou “rede global”, já para não falar noutros exemplo tais como “browser” (utilitário de navegação na rede global), “e-mail” (endereço de correio electrónico), “download” (descarga de ficheiro), “chat” (grupo de conversação) ou até mesmo “online” (estar em linha).

Outros exemplos de áreas de actividade em que o uso de estrangeirismos faz parte da ordem do dia é na linguagem empresarial e económica. Quem nunca ouviu ou leu coisas como “franchising”, “outsourcing”, “downsizing”, “benchmarking”, “outlet shopping” entre outros. Arranjem lá o equivalente na língua de Camões para ver se gostam!

O que vamos nós passar a chamar a um dos passatempos mais comuns dos espectadores de TV, perdão, de televisão, o “zapping”? Passagem sequencial, ascendente ou descendente, dum conjunto de canais memorizados? Chiça!

Melhor ainda. Imaginem um anúncio a um qualquer último modelo de uma qualquer marca automóvel. Motor de tantos cavalos de potência, vidros eléctricos, fecho centralizado, direcção assistida, sacos de ar frontais e laterais.

Sacos de ar? Desculpe lá, mas eu recuso-me a comprar um carro que venha com isso. O quê? Ah, está-me a falar dos airbags. Já podia ter dito.

Deve ter a mania que é da família da Edite Estrela!

e dei-a

12 abril 2004

estive de férias

Devo-vos um pedido de desculpas. Porquê? Porque sim. E se isto não vos parece motivo suficiente, eu já vos dou 2 motivos ligeiramente mais aceitáveis.

Primeiro. Peço desculpa por não ter informado que, na semana de Páscoa, eu iria estar de férias. Como consequência de tal heresia, e uma vez que em casa não há net, deixei o blog em branco por demasiado tempo.

Segundo. Peço desculpa por ter regressado aos textos. Pensavam que tal tormento tinha acabado, mas não acabou. Sou insistente, persistente e resistente. Sou um chato do caraças.

Terceiro (afinal posso invocar mais motivos). Peço desculpa por ambos os motivos acima descritos.

E que tal se eu me armar em rebelde e, pura e simplesmente, não pedir desculpa? É isso. Desculpem lá o mau jeito, mas não vou pedir desculpa a ninguém. Ou então vou. Bolas que isto de ser boa pessoa – não sou eu que o digo, é a minha mãe – tem os seus inconvenientes. OK. Ponto assente. Peço desculpa e já não vou voltar atrás.

E que andei eu a fazer nas minhas férias, interrogam-se vocês ávidos e a fervilharem de curiosidade. Muito pouco, ou quase nada. Estive de férias sem ir de férias, que é como quem diz “fiquei por casa que o dinheiro não deu para mais”.

A grande diferença entre esta semana que passou e as restantes, é que não fui escravo do despertador. E que bem que sabe dormir descansado, sem a preocupação de, na manhã seguinte, ser violentamente acordado por um qualquer dispositivo de despertar. No meu caso, utilizo o telemóvel.

Confesso que dormir é uma das minhas actividades preferidas, mas desconfio que isso já não é novidade para vocês. Mas não se pense que as minhas férias se resumiram a isso. Não é que, restringindo-me a actividades produtivas, eu tenha feito muito mais que isso. Assim como assim, à excepção de uma limpeza geral à casa, de uma arrumação na arrecadação e da organização de toda a papelada relativa ao IRS deste ano, nada mais de relevante produzi.

E daí? Se estão à espera que sinta remorsos por não ter feito muito mais do que isto, é melhor sentarem-se porque a espera vai ser longa. Afinal, qual seria a lógica de, estando eu de férias, ocupasse a maior parte do tempo em actividades produtivas? Férias são férias, sinónimo de descanso e preguiça.

Claro que, na minha óptica, existiram outras actividades que foram importantes. Pôr a conversa em dia com algumas pessoas, dar uma bela caminhada pelo Parque das Nações, aproveitando uma bela tarde de sol, ver 2 filmes de animação que já andava para ver há algum tempo (viva o divx), já para não falar do “sofrimento” televisivo em mais uma (triunfal) noite europeia do meu FêCêPê.

Por falar em sofrimento, nada do que vi pela televisão no jogo contra o Lyon se compara ao que sofri no sábado, em pleno estádio, no jogo com o Marítimo. O meu Pai que o diga!

Sim. Para além do que já disse que fiz, nestas férias estive no Porto. Fui, juntamente com os meus pais, visitar a minha família, naquele que já é um corrupio tradicional nesta altura do ano. São dois dias a saltitar de casa da minha Avó para a casa dos meus Tios, passando por casa da minha outra Avó, não esquecendo a visita aos meus primos. A minha família merece.

Claro que podia ter feito muito mais. Pelo menos podem estar a pensar isso. Mas não fiz. Umas por falta de vontade, outras por falta de oportunidade, houve coisas que podia (ou devia) ter feito mas que não as fiz.

Mesmo assim não está mal de todo. Feito o balanço, agora que as férias acabaram, dou por mim com menos olheiras, com a arrecadação a transparecer um ar de arrumação como nunca teve, com a casa arrumada, com a papelada do IRS toda organizada e pronta para a declaração.

Lamento não terem sido possíveis as visitas previstas a Leiria e à Benedita. Não foram esquecidas. Foram apenas adiadas para uma altura mais propícia a todas as partes nelas envolvidas. Também lamento, mais uma vez, ir ao Porto e não ter tempo para poder visitar os amigos que por lá tenho. Só consegui uma “folga” para levar o meu Pai a conhecer o Estádio do Dragão.

Estou de volta e já estou a contar os dias que faltam até as próximas férias.

e dei-a

01 abril 2004

teste tripeiro

Gosto de surpreender as pessoas. Posso ser previsível, posso ser demasiado nas minhas atitudes e comportamentos, pelo menos para quem comigo convive mais assiduamente, mas gosto de manter uma certa capacidade de surpreender as pessoas.

Vem isto a propósito de hoje ser dia 1 de Abril, dia das mentiras. Tratando-se do dia que é, o mais previsível e óbvio seria eu estar a fazer um post acerca duma qualquer história bastante criativa e credível, mas que não passasse disso mesmo, duma história.

Mas vou ser surpreendente. Até digo mais, vou ser duplamente surpreendente. Ao invés de fazer do texto de hoje uma mentira, vou fazer dele um misto de teste à cultura dos meus leitores com uma dedicatória a alguém muito especial que “conheci” precisamente num dia 1 de Abril.

Escrevi “conheci”, porque na realidade só nos conhecemos, pessoalmente, passado algum tempo. Mas foi a 1 de Abril que falamos pela primeira vez. Bendito mIRC.

É impossível eu esquecer-me desse dia. De entre as várias coisas que conversamos, ficou bem presente na minha ainda funcional memória - posso ser velho mas ainda não sofro de Alzheimer, ou então sofro e não me lembro - a história da minha troca à nascença.

Claro que, sendo o dia que era, ela não queria acreditar, mas ao fim de algum tempo, lá se convenceu de que eu estava a falar verdade. Um dia destes eu partilho essa minha aventura pós-nascimento com vocês.

Sendo eu tripeiro de nascença e portista por convicção (o clube é a minha crença, a cidade a minha nação), quero que o teste que mais à frente vos proponho, possa contribuir não só como um enriquecimento cultural, como também vos possa servir de auxiliar linguístico aquando das vossa incursões à “Muy Nobre, Invicta e Sempre Leal” cidade do Porto.

Já tenho este teste há algum tempo. Lembrei-me de o publicar hoje por ser o dia que é, dedicando-o assim à pessoa que mo enviou. E se ela chegar a ler isto, e eu sei que vai, ela vai saber que a dedicatória é para ela.

Vá lá. Percam meia dúzia de minutos, peguem numa caneta e um papel, tomem nota das vossas respostas e confiram os resultados. Não dói nada, é 100% isento de impostos, coisa rara nos dias que correm, e tenho a certeza que se vão divertir.

TESTE TRIPEIRO
1.Se alguém grita, "Tens um foguete na perna!", isso significa que:
a) vislumbrou um sinal de nascença no seu tornozelo.
b) descobriu uma mosca pousada na sua coxa.
c) acha que você anda muito depressa.
d) você tem uma malha no collant.

2. Pouco antes da hora do jantar alguém afirma que lhe apetece um moléte. Isso quer dizer que:
a) é disléxico e queria dizer que está louco para comer uma omeleta.
b) quer dar-lhe um beijo na boca.
c) está a convidá-lo para ir a uma padaria comprar um papo-seco.
d) deseja deliciar-se com um cocktail típico da Ribeira.

3. Em pleno Majestic ouve alguém a pedir um cimbalino. O empregado vai trazer à mesa:
a) uma bica.
b) um bolo típico do Porto feito com amêndoas e mel.
c) um chá quente.
d) o jornal do dia.

4. Estão na discoteca Indústria quando alguém lhe jura que dava tudo para deliciar-se com uma francesinha. Ou seja, essa o que essa pessoa pretende é:
a) convidar a sua prima que é emigrante em Paris para dançar.
b) pedir ao DJ para passar uma música francesa.
c) comer uma especialidade do Porto que, à primeira vista, mais parece um “croque monsieur”. (seja lá o que for um “croque monsieur”)
d) dançar com aquela rapariga loura que termina cada frase com "mon Dieu".

5. Antes de entrar na banheira, ele(a) pede-lhe para ligar o cilindro. Você dirige-se ao:
a) esquentador.
b) ferro de passar a roupa.
c) forno.
d) termoacumulador.

6. Depois de fazerem as malas para uma viagem ele(a) pergunta-lhe se você tem um aloquete. O que ele(a) quer é:
a) um cadeado para fechar um dos sacos.
b) saber se você tem o bilhete de avião.
c) um isqueiro para acender um cigarro.
d) a chave da mala.

7. Depois de uma tarde de muita paixão e sexo intenso, ele(a) diz-lhe que lhe apetece comer orelhas. Isto quer dizer que:
a) tem um fetiche pelas suas orelhas e você nem tinha percebido.
b) quer que apanhe o cabelo para poder mordiscar-lhe as orelhas.
c) apetece-lhe ir a uma pastelaria comer um "palmier".
d) quer que você vá à cozinha preparar uma saladinha de orelha de porco.

8. Durante uma discussão você nega ter saído sozinho com os amigos. O seu companheiro(a) diz-lhe: "bai no Batalha!". O que traduzindo à letra é:
a) "o melhor é ires à Casa Batalha."
b) "isso é tanga."
c) "esta conversa é urna batalha perdida."
d) "vai dar uma volta."

9. Você descobre que o primo dele(a) é trolha. Isto é:
a) é bruto.
b) é burro.
c) é parvo.
d) trabalha na construção civil.

10. Em plena Rua de Santa Catarina ele(a) dirige-se a uma loja e pede-lhe ajuda para comprar um testo.
a) você ouviu mal e ele está decido a adquirir um cesto.
b) ele procura a tampa de uma panela.
c) você vai ajudá-lo a escolher uma cama.
d) a sua opinião vai ser importante na escolha do tapete para sala.

11. Ele(a) convida-o para uns lanches. Você:
a) irá lanchar várias vezes com essa pessoa.
b) vai deliciar-se com umas merendinhas fantásticas que ele(a) confeccionou.
c) executará, a meias, um bolo de aniversário.
d) está convidada para lanchar com a mãe dele(a), duas vezes na mesma semana.

12. Ele(a) diz-lhe que não pode ir ter consigo pois está à espera do picheleiro.
a) está à espera do canalizador.
b) aguarda a chegada do electricista.
c) do andrologista.
d) inventou uma desculpa para não comparecer ao encontro.

13. Estão os dois a confeccionar um jantar romântico. Ele(a) pede-lhe a sertã, você abre o armário e dá-lhe:
a) um funil.
b) o passe-vite.
c) a frigideira.
d) a faca de trinchar.

14. À porta do cinema perguntam-lhe se você tem pasta. A pessoa:
a) pretende lavar os dentes.
b) estará a falar de um qualquer prato italiano?
c) precisa de uns trocos.
d) quer guardar a sua mala de executiva.

15. Quando ouve dizer que fica muito mais giro com repas, estão a falar da:
a) sua roupa interior.
b) pulseira que os seus pais lhe ofereceram.
c) franja.
d) saia.

16. No bar O Meu Mercedes é Maior que o Teu ouve alguém pedir um fino. À mesa chegará:
a) uma linguiça assada.
b) uma cigarrilha.
c) um lápis.
d) uma imperial.

17. Depois de uns copos a mais alguém diz que está ourado, ou seja:
a) tem fome.
b) está com tonturas.
c) vai rezar.
d) tem cãibras.

18. Alguém diz que você passa a vida preocupada com as espinhas. Você dá demasiada atenção às:
a) espinhas do peixe.
b) unhas dos pés.
c) borbulhas.
d) fofocas.

19. Você está a ajudar um amigo nas mudanças para a nova casa. De repente, ele diz-lhe que tem de comprar cruzetas. Você acrescenta na lista de compras:
a) molas da roupa.
b) pensos rápidos.
c) cabides.
d) laranjas.

20. No mercado, ele(a) exclama "Mas que linda penca!" Você acha que ele(a):
a) quer comprar uma couve.
b) acha que o seu nariz é tamanho XL.
c) descobriu um fruto raro e exótico numa das bancas.
d) está a referir-se à vendedora.

21. Ele(a) queixa-se da pisadura que você lhe fez. Ele(a) ainda não esqueceu:
a) a pisadela que você lhe deu.
b) a nódoa negra da noite anterior.
c) o apertão que levou no autocarro.
d) a partida que você lhe pregou.

22. Ele(a) acha que o seu melhor amigo não passa de um azeiteiro. Isto significa que:
a) tem o cabelo oleoso.
b) trabalha num lagar.
c) fez a campanha de publicidade de um azeite de marca.
d) é um bimbo.

23. Dizem-lhe, franzindo o sobrolho "Tens aí uma catota!". Você tem:
a) um resto de comida no dente.
b) um risco de caneta na cara.
c) um macaco no nariz.
d) uma linha pendurada no casaco.

24. A sua tia pede-lhe que coloque o seu primo no pote. Você põe o miúdo:
a) à janela.
b) dentro da banheira.
c) no bacio.
d) a ver televisão.

25. Vão os dois almoçar à Ribeira, à Casa da Filha da Mãe Preta e pedem iscas. Você acha que vai comer:
a) fígado.
b) pataniscas.
c) peixinhos da horta.
d) espetada mista.

SOLUÇÕES
1.d 2.c 3.a 4.c 5.d 6.a 7.c 8.b 9.d 10.b 11.b 12.a 13.c 14.c 15.c 16.d 17.b 18.c 19.c 20.a 21.b 22.d 23.c 24.c 25.b

RESULTADO
Mais de 20
Tripeira nata Você é um homem/mulher do Norte! Não há nada que lhe escape. Que ninguém pense em abordá-lo com falinhas mansas sem um cimbalino e uma francesinha na mão! Para si, tudo o que não esteja num raio de cinco quilómetros à volta da Torre dos Clérigos é paisagem. Aprovado com distinção neste teste de Portualidade já pode ir contando com um convite para ser o rei/rainha da noite de S. João.

De 5 a 20
Portuga acima de tudo. Você vai ser uma boa surpresa para os seus amigos do Norte! Sabe o suficiente para se dar às mil maravilhas com as gentes desta cidade.
De certeza que conhece toda a zona Ribeira, incluindo bares e restaurantes. Com um pouco de esforço, não terá problemas em tornar-se cidadão honorário da Invicta!

Menos de 5
Alfacinha de gema "Porto? Fica ali ao pé de Espanha. não é?" Da Invicta você sabe tanto como da Islândia: quase nada. Está na altura de aceitar um convite do um amigo e fazer uma peregrinação cultural ao Porto para experimentar tudo o que de bom esta cidade tem para oferecer. De jardins e exposições no Museu de Serralves à livraria Lello. Do café Majestic aos passeios à beira-rio. Não terá mãos
a medir com tantos bons programas.

Trenguinha, isto hoje foi dedicado a ti. Um beijo grande *

e dei-a

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