09 junho 2004

SBSR

Ainda na ressaca daquele que foi, dizem os especialistas, o maior festival alguma vez realizado no nosso país, já temos à porta mais um festival de verão, desta feita o Super Bock Super Rock (SBSR).

Ora bem. Apetece-me dissertar sobre o Rock In Rio Lisboa. Rock? Pode ser só por causa dos meus gostos musicais, mas ao olhar para o cartaz do festival fico com a sensação que mais valia terem-lhe chamado Pop In Rio. Ou então, atendendo às expectativas criadas pela organização relativamente ao número de espectadores (600.000), podemos até chamar-lhe Flop In Rio!

Falo do festival sem ter visto um único concerto, quer ao vivo quer pela televisão, sem ter lido qualquer crítica ou artigo acerca do mesmo e sem ter falado com pessoas que conheço que foram lá. Assim posso dissertar sem estar, eventualmente, influenciado ou envenenado pelas opiniões de terceiros. Assim como assim, não tenho muita coisa a dizer do Flop In Rio.

A primeira reacção que tive ao Rock In Rio Lisboa foi de total e completa desilusão. Do historial de anteriores festivais em terras de Vera Cruz, esperava um cartaz muito mais aliciante, falando numa lógica rockeira.

Não ponho em causa a grandeza de nomes como Paul Mcartney, Peter Gabriel ou Sting, mas a realidade é que não se tratam de artistas rock. Muito menos rock são as Sugar Babes, o Alejandro Sanz ou a Ivete Sangalo!

Se é verdade que em 2006 (ou 2007, agora não tenho bem a certeza) o festival vai regressar, é bom que pensem num cartaz que encaixe melhor no nome com que baptizaram o festival, apostando no tipo de sonoridades que o celebrizaram.

Dos vários dias do cartaz, apenas um despertou a minha vontade de me deslocar até ao Parque da Bela Vista. Confesso que gostava de ver os Metallica e rever os Incubus, só que, quando soube o preço dos bilhetes, toda e qualquer vontade que tivesse depressa se extinguiu.

Para o nível de vida da grande maioria dos portugueses, acho abusivo o preço dos bilhetes. Se somarmos aos 53€ do bilhete o dinheiro que se acaba por gastar, quase que inevitavelmente, em comida e bebida, uma diária no festival ficava por uma quantia demasiado elevada para a minha bolsa.

Ainda tentei ganhar um bilhete num dos vários passatempos que decorreram, mas a sorte não quis nada comigo. Pelo menos para o Rock In Rio, porque em relação ao SBSR a minha sorte virou.

Fui confrontado com a agradável notícia de ter sido um dos vencedores do passatempo IOL para o SBSR, tendo ganho um passe para os 3 dias do festival. Calha mesmo bem porque, caso tal não tivesse sucedido, mais uma vez o meu “Síndroma de Insuficiência de Dinheiro nas Algibeiras” tinha-me impedido de ir ver, ou rever, algumas bandas e artistas com os quais simpatizo bastante.

Vai ser bom rever os Linkin Park e os KoRn, bandas que tive oportunidade de ver ao vivo no Pavilhão Atlântico e em Paredes de Coura, respectivamente, tendo sido dois dos mais memoráveis concertos que alguma vez assisti.

Também vai ser bom ver pela primeira vez Muse, Lenny Kravitz, Pixies e Massive Attack, sons dos quais sou um confesso apreciador. Cheguei a ter bilhete comprado para ir ver os Massive Attack quando eles actuaram no Coliseu de Lisboa em Maio do ano passado, só que nesse dia disputava-se a final da taça UEFA e optei por ficar em casa a sofrer pelo meu FCP.

Enfim, às portas de um fim de semana prolongado, fruto de ter marcado um dia de férias para 6.ª feira, acho que vai ser agradável poder aliviar o stress e alimentar a alma assistindo a uns concertos. Sendo de borla, ainda me vai saber melhor.

Se algum(a) de vocês lá for, procurem-me. ;)

e dei-a

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