20 julho 2004

fatiota de casório

No próximo sábado vou a um casamento. Um dos meus melhores amigos, antigo colega do ISEL, decidiu juntar os trapinhos e escolheu esta data para o fazer. Escusado será dizer que lhe desejo as maiores felicidades, não só a ele mas também à sua noiva que, por sinal, ainda não tive o prazer de conhecer.

E, interrogam-se vocês, porque é que ainda não conheci a ex-namorada, actual noiva e futura esposa, de um dos meus melhores amigos? Vivendo ele em Serpa, que não é propriamente “já ali”, é natural que não nos encontremos muitas vezes. mas as verdadeiras amizades são mesmo assim, mantém-se intocáveis mesmo que a presença física não seja frequente.

Mas adiante com as apologias ao verdadeiro significado e inestimável valor da amizade. Toda a gente sabe isso e não quero ser redundante e repetitivo. Se não sabe, deveria saber.

Vinte e quatro de Julho tem, pelo menos para mim, um simbolismo bastante marcante e não me estou a referir à famosa avenida da capital, carregada de bares e discotecas. Simplesmente tenho uma cicatriz no braço esquerdo que resultou de um acidente de viação que tive nessa data, vai fazer 4 anos.

Voltando à temática do casório do Zé Carlos. Sempre que sou convidado para ir a um casamento, o meu primeiro (e quase único) grande drama é... será que o fato ainda me serve! De facto, a indumentária adequada à ocasião é, regra geral, a minha dor de cabeça.

No meu roupeiro guardo dois fatos completos, ambos de Verão. Um deles é azul escuro, o outro é antracite. Até aqui tudo bem. Estamos no Verão, camisas e gravatas tenho eu algumas logo, pelo menos aparentemente, não há motivos para preocupação.

Errado. há um pequeníssimo pormenor que me deixa preocupado: estou consideravelmente mais gordo do que da última vez que vesti qualquer um dos fatos!

Digamos que a minha barriga está solidária com o Verão, tendo adoptado o formato das famosas bolas nívea que se encontram pelas praias de Portugal. Estou de tal maneira que até tenho medo de, caso vá à praia, façam de mim um “ponto de encontro”, do género “Se fores à praia este fim de semana, diz-me qualquer coisa que depois encontramo-nos junto à bola Nívea.”

Eu sei que não é obrigatório que eu vá de fato e gravata, mas a realidade é que essa é a roupa mais habitual de encontrar nestes eventos. Há outras formas de vestir, igualmente agradáveis e, porventura, mais confortáveis, perfeitamente adequadas a casamentos e afins.

Obviamente que não me passa pela cabeça aparecer lá vestido da forma como me costumo vestir no dia a dia. Digamos que aparecer lá com umas calças de ganga já bastante coçadas ou com umas bermudas e um polo ou uma t-shirt por fora das calças, já para não falar dos ténis, das sandálias ou dos chinelos, é capaz de me transformar no centro das atenções, algo que dispenso por completo.

O drama aumentava à medida que ia dando a volta ao meu guarda roupa. Isto de engordar mais do que seria desejável é mesmo muito complicado. Não é que não tenha calças que me sirvam, mas também é verdade que não estão tão largas como quando as comprei.

Posta de parte a hipótese de comprar, propositadamente, um fato novo para a ocasião, podendo até aproveitar as promoções da época, tive que adoptar uma solução alternativa. Para além de me parecer estúpido ir gastar dinheiro em roupa que só vou usar uma vez ou duas, começa a ser curto o tempo que falta até ao dia D, o que poderia inviabilizar os eventuais acertos para que a roupa ficasse a 100%.

Assim sendo, e depois de muito ponderar, a opção teve tanto de simples como de eficaz. Nada melhor do que comprar umas calças tipo “chino’s” (ou lá o que é que chamam àquilo) ou de bombazina, as quais serão complementadas por uma normal camisa e uns sapatos adequados, peças essas que já tenho. A dúvida reside agora, apenas, sobre se levo ou não um blazer para rematar.

Enfim. Bem vistas as coisas, não havia necessidade para tanto drama. Atendendo ao facto de estar calor, de o casamento ser em Leiria e de o meu carro não ter ar condicionado, quase que apetece dizer “ainda bem que o(s) fato(s) não me serve(m)”. Vou bem mais confortável nesta opção de recurso.

Independentemente da roupa, tenho mesmo que fazer uma dieta!

e dei-a

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