02 setembro 2004

pós-férias

Mesmo sem ter ido de férias para sítio algum, a verdade é que estive de férias, o que por si só é sinónimo de estar afastado da escravatura dos horários. deitava-me quando me dava o sono, levantava-me quando estava farto de estar na cama, comia quando me dava fome, e por aí fora.

Apesar de tudo não digo que as minhas férias foram uma seca. Fui umas quantas vezes à praia, sempre em boa companhia, o que foi bom porque sempre deu para disfarçar o chamado “bronze de camionista”, desfrutei de bons momentos de convívio com amigos meus, alguns que já não via há algum tempo e fui adiantando serviço no puzzle de 1000 peças que está estacionado na mesa da minha sala.

Faça-se o que se fizer nas férias, vá-se para onde quer que seja, a pior parte das férias é, sempre foi e sempre será, o fim das mesmas. Vencer a inércia do pós-férias é algo extremamente complicado, pelo menos para mim. É uma ciência que não domino e que, muito provavelmente, nunca o irei fazer.

O regresso ao trabalho é sempre doloroso e isso reflecte-se, imediatamente, no acréscimo na quantidade de cafeína ingerida. Levando isto até ao limiar do exagero, são praticamente incontáveis os cafés que bebo neste período. É que ainda estou no fuso horário do lazer, ou seja, adormecer a horas razoáveis, para quem tem o despertador a tocar às sete e meia da manhã, é algo ainda muito doloroso.

Depois convém não esquecer o trânsito matinal que, por muito pouco que seja, é sempre mais do que aquele que se deseja encontrar quando já se vai atrasado para o trabalho.

Chegado ao meu poiso laboral, deparo-me com uma gigantesca pilha de faxes, a fazer lembrar o monte Evereste, os quais têm que ser lidos, rubricados e assimilados. Some-se a isso mais uns quantos documentos dispersos sobre a minha secretária, todos eles com um post-it a conter a anotação “trata deste assunto” e tem-se novamente a loucura e a azáfama diárias das quais, pelo menos por uns dias, estive afastado.

Enfim, o lema “work sucks” está de volta em toda a sua pujança. Mas há que ver o lado positivo. Como regressei de férias no dia 30, e uma vez que na empresa em que trabalho os ordenados são pagos no último dia útil de cada mês, soube-me muito bem recebê-lo após um único dia de trabalho.

“Work sucks”... mas se não houver quem trabalhe, como é que vai haver dinheiro para a minha reforma?

e dei-a

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